segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Água da Torneia ou Água Mineral?

Por Degmar Augusta da Silva (Advogada e educadora ambiental)

Vivemos um crescente aumento populacional e atrelado a este temos um significativo e preocupante consumo de água mineral em nosso país. Interessante ressaltar que o aumento do consumo de água mineral é um fenômeno que atinge não só o Brasil, uma vez que vem ocorrendo mundo afora.
O motivo do crescente consumo de água mineral, ao contrário do que se imagina, deve-se talvez ao marketing bem elaborado das indústrias e não à preocupação e desconfiança em relação à água que é produzida pelas concessionárias públicas.
O crescimento é gigantesco: nos Estados em 2006 para 110L/hab. ano. Inegável que tal crescimento faz bem os cofres das indústrias de água mineral e potável de mesa.
O que nos preocupa realmente é o fato de que a água mineral necessita de recipiente para acondicionamento e conjuntamente ao aumento do consumo, a quantidade de vasilhames plásticos também aumenta e a partir de então a preocupação com o meio ambiente torna-se uma realidade.
Um fato, no mínimo, interessante é que grandes investimentos vem sendo realizados por empresas multinacionais, sendo que recentemente a Copasa – que possui a concessão dos serviços de abastecimento de água no estado de Minas Gerais assumiu a concessão para exploração e distribuição das águas minerais de Araxá, Caxambu, Cambuquira e Lambari: Cidades tradicionais em fontes famosas de água mineral.
Oras e agora, qual água deve o consumidor escolher? De um lado a água que a Copasa capta no rio, trata e distribui e de outro a água mineral que a mesma Copasa capta no subsolo, engarrafa e distribui.

Um comentário:

  1. É preciso fazer uma distinção, a fim de separar as empresas de água em diferentes grupos: as grandes, as médias e as pequenas empresas, pois os nem sempre vender água faz bem aos cofres das empresas...a maioria luta com dificuldades, mesmo porque o consumo habitante/ano não é de 110 litros não, muito menos. Por outro lado, a atividade de água mineral é de elevado risco e, assim, deveria receber melhores preços. São centenas de exigências da Anvisa e de outros órgãos de mineração e de meio ambiente que fazem mil exigências das fontes.
    Por outro lado, é descabido se comparar a água de abastecimento público com a água mineral. Não tem comparação!!! A água mineral não contém os elementos usados na purificação da água de abastecimento e possui predicados telúricos inquestionáveis. Que o diga a Comissão de Crenologia do DNPM e os médicos especializados no assunto.

    ResponderExcluir