sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Inpe inaugura sede na Amazônia e divulga balanço de monitoramento

Hoje, 28, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Centro Regional de Belém anuncia a criação do Centro Regional de Belém. A cerimônia de posse do chefe regional, Cláudio Almeida, tem início às 10 horas, na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA).

Na ocasião serão divulgados os resultados de pesquisas realizadas no local, com o monitoramento de áreas desflorestadas da Amazônia. Segundo o estudo, pelo menos 20% das áreas que sofreram corte raso estão se regenerando.

De acordo com Cláudio Almeida, dos 233.399 quilômetros quadrados desflorestados do Pará, 51.406 já estão em processo de regeneração. A floresta já apresenta o crescimento suficiente para que o satélite indique a cobertura vegetal da área.

O Inpe foi fundado em 1961 e conta hoje com dois outros centros regionais, em Natal (RN) e Santa Maria (RS). Desde a década de 80 o órgão atua no monitoramento da Amazônia e áreas desmatadas.

Partes das pesquisas são realizadas na sede em São Paulo. A previsão, com a criação do Centro regional, é de que em no máximo cinco anos as pesquisas sejam transferidas integralmente para a região amazônica. “A nossa intenção é transferir tecnologia de monitoramento de florestas para técnicos da região e de outros países, por isso o centro de Belém vai ser referência internacional no tema”, explica Almeida.

Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=47878

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brasil ganha novo Parque Eólico

No ultimo dia 20 de agosto, o Brasil ganhou um novo Parque Eólico, localizado no Ceará. O empreendimento é fruto da aliança entre dois grandes líderes no setor energético na América Latina: Cemig e IMPSA. Com 325 hectares e 19 aerogeradores, o Parque Eólico de Praias de Parajuru é o primeiro de três usinas a serem construídas no estado. Ainda serão instaladas as centrais: Praia do Morgado e Volta do Rio, no município de Acaraú. Juntas, terão capacidade para gerar 99,6 MW. A intenção é que nos próximos 20 anos esta energia gerada seja comercializada para a Eletrobrás.

Limpa e renovável. Assim é a fonte eólica, considerada a mais natural do planeta. Essa alternativa é gerada em parques que concentram vários aerogeradores – turbinas em forma de cata-vento ou moinho instaladas em regiões de ventos fortes. É utilizada para substituir combustíveis naturais (não renováveis e sujeitos a escassez), como o carvão, petróleo e gás natural, auxiliando na redução do efeito estufa e, consequentemente, no combate ao aquecimento global.

Pioneira na operação de usina eólica no País, ao construir a Usina Morro do Camelinho, em 1994, a Cemig tem mais de 90% de fontes limpas. O presidente da Companhia, Djalma Bastos de Morais, destaca que a participação nos parques eólicos está em conformidade com a estratégia da empresa e do Governo de Minas que é de “crescer de forma sustentável, econômica, social e ambiental.”
Líder latino-americana em energias renováveis, a IMPSA considera o Brasil um mercado chave. A empresa argentina está trabalhando na implantação de mais outros 10 parques eólicos no País, na região de Santa Catarina. “Pretendemos desenvolver uma matriz energética mais equilibrada e limpa no País”, diz o representante da IMPSA no Brasil, Luis Pescarmona.

Os parques eólicos fazem parte do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), desenvolvido pelo Governo Federal, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME). A iniciativa visa fomentar o desenvolvimento das fontes renováveis como as eólicas, biomassas, solares, e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s).

Fonte: Governo do Estado de Minas Gerais

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ser sustentável é economicamente rentável

Por Cristina R. Wolter Sabino de Freitas

Observa-se hoje em dia que o tema Sustentabilidade Ambiental está em voga, estando as grandes empresas cada vez mais engajadas e interessadas em manter uma conduta ambientalmente correta, não obstante serem algumas delas extremamente degradadoras em seus segmentos.

Primeiramente devemos esclarecer que é impossível o desenvolvimento econômico sem atividades que deixem o meio ambiente completamente intacto, respeitando seu status quo ante. O que se busca na verdade é a geração do menor impacto possível ou a adoção de meios que possibilitem mitigar os danos inevitavelmente causados ao meio ambiente. Nessa linha, uma preocupação inicial é o retorno financeiro da adoção de “social e ambientalmente corretos”.

No entanto, devemos esclarecer que atualmente, as empresas que têm adotado os critérios de desenvolvimento sustentável estão começando a perceber que poderão, em médio prazo, ser economicamente mais bem-sucedidas. Estudos feitos comprovam que a movimentação de valor de mercado de empresas recomendadas por investimentos de sustentabilidade tem superado o valor de mercado de empresas que não possuem essa visão.

Conforme a área de sustentabilidade da Phillips, “Uma boa performance em sustentabilidade resulta em melhor desempenho financeiro”. Empresas de lucratividade podem ter incorporado padrões ambientais, individuais e sociais elevados e beneficiar a comunidade em que estão inseridas. Baseado nessa nova ideia, o mercado mundial criou alguns índices que medem o grau de comprometimento das empresas com a sociedade.

Estes índices garantem aos investidores que as empresas podem gerar valor de longo prazo, pois têm mais possibilidades de enfrentar riscos gerados por problemas ambientais, econômicos e sociais, entre outros. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Bolsa de Nova York, Dow Jones, criou em 1999, o Índice Mundial Sustentabilidade Dow Jones - DJWSI – Dow Jones World Sustainability Índex. Na Inglaterra a Bolsa de Londres criou, em 2001, o FTSE4Good. Em dezembro de 2005, a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa) apresentou o Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial — ISE. O ISE, como os demais índices de sustentabilidade internacionais, tem por objetivo a criação de um ambiente de investimento que se preocupe com as necessidades atuais voltadas ao desenvolvimento político, econômico, social e ambientalmente sustentável.

Referidos índices servirão para dar suporte aos stakeholders para melhor entender e distinguir as empresas que estejam comprometidas com a sustentabilidade, diferenciando-as em termos de qualidade, nível de compromisso, transparência, desempenho dentre outros fatores relevantes para investidores com preocupações éticas.

Esses índices ainda poderão auxiliar os grupos empresariais a evitarem desperdícios nos seus sistemas de produção e ter maior proteção aos direitos socioambientais, gerando, ao mesmo tempo, mais valor, mais riqueza e mais lucro. Igualmente, os índices que medem os critérios de sustentabilidade podem servir como sinalizadores, guiando os grupos empresariais a respeito das novas tendências para a construção de uma economia mais eficiente, com melhor utilização dos recursos naturais, que gerem menos impacto ao meio ambiente, bem como à sociedade. Essa é mais uma prova de que, ao contrário do que se pensava antigamente, preservar o meio ambiente pode ser uma atividade economicamente rentável.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O desafio da sustentabilidade

Por: Luana Lila

Como preservar com desenvolvimento? Essa questão, que ainda não encontrou uma resposta única ou definitiva entre os ambientalistas, foi o centro da fala da ex-ministra do Meio Ambiente e atual senadora do Acre, Marina Silva, em sua participação no 10º Congresso da CUT na manhã da quarta-feira, 5.

“Quando se fala que estamos vivendo uma crise, é normal que as pessoas se preocupem com a crise econômica, pois isso pode afetar os empregos, mas a crise ambiental é igualmente grave, ou até mais grave, e as pessoas não fazem ligação disso com a sua vida”.

A ex-ministra afirma que a humanidade vive um desafio civilizatório: pensar e viver de acordo com um novo modelo de desenvolvimento em que seja possível produzir sem comprometer a capacidade do sistema. “O problema não tem resposta à curto prazo, por isso as pessoas o transferem para o futuro”. Mas, com os dados alarmantes apresentados pela senadora, não é possível esperar mais. Segundo ela, se, por causa do aquecimento global, a temperatura no Brasil aumentar em apenas 2 graus, 40% da cobertura florestal da Amazônia será perdida. Atualmente, a região produz 20 bilhões de toneladas de água por dia e é responsável por 26% de toda a água lançada nos oceanos.

É por isso que Marina acredita ser necessária uma mudança de paradigma, pensar um novo modelo de produção e consumo. E isso, de acordo com ela, é uma questão de ética. Já ficou provado que o padrão de qualidade de vida espelhado na sociedade norte-americana não é capaz de incluir a todos, mesmo porque, se incluísse, demandaria tantos recursos que apenas um Planeta Terra não seria suficiente: “Não é ético porque nem todos terão acesso. Repensar esse modelo não significa viver mal, mas pensar a responsabilidade que temos de uma mudança estrutural. A economia no século XXI terá que necessariamente integrar desenvolvimento e preservação”.

Trata-se de uma transformação que, de acordo com Marina, faz parte de todas as esferas da vida. Envolve a sustentabilidade ambiental, mas também a sustentabilidade política, pois será necessária uma base social comprometida com essa mudança, “não vai acontecer do governo para a sociedade, mas do governo com a sociedade”.

A senadora também mencionou a importância do conceito de sustentabilidade cultural, a partir de um desenvolvimento que não permita que a base social e cultural de um povo seja perdida. Como exemplo, Marina citou a questão da Raposa Serra do Sol, a reserva indígena recentemente homologada que trouxe uma discussão sobre a permanência de arrozeiros na região. “Arroz se planta em qualquer lugar, mas um povo com aquela cultura e cosmovisão só existe naquele lugar do planeta. É avançada e desenvolvida uma sociedade que vai destruir isso para plantar arroz? O modelo de desenvolvimento tem que ser diversificado e há lugar para todos.” Nesse ponto, Marina ressalta a importância e a contribuição de povos que não vivem de acordo com os postulados da cultura ocidental para agregar seu conhecimento na formulação desse novo paradigma.

“Não temos que fazer o mesmo que os americanos e europeus fizeram. Temos que exigir transferência tecnológica e recursos. O Brasil é uma potência ambiental e precisa fazer jus ao que é. O modelo deve mudar e o processo deve começar agora”.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=4738

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Vereadores recebem orientações para elaborar projetos para o meio ambiente em São Paulo

Uma cartilha vai ajudar os vereadores na elaboração de projetos voltados ao meio ambiente no estado de São Paulo.

A cartilha "A responsabilidades do legislativo local - 50 idéias", elaborada pela secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, SMA, com o apoio da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (UVESP), será distribuída durante uma série de seminários que acontecem nos meses de agosto e setembro.

Hoje, (06), os vereadores da região de São José do Rio Preto, participam do encontro, que será realizado na Câmara Municipal da cidade, na Rua Silva Jardim, 3.357, no Centro.

Técnicos do Projeto Ambiental Estratégico Município Verde Azul, da SMA, foram os responsáveis pela elaboração do material que apresenta 50 propostas de projetos de lei que podem beneficiar o meio ambiente.

Durante os encontros técnicos e gerentes da secretaria vão falar sobre as mudanças nos processos de licenciamentos ambientais e a importância da preservação e da educação ambiental.

Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=47374


Política: Alvo do PV, Marina Silva cobra foco na agenda ambiental

Assediada pelo Partido Verde (PV) para concorrer ao Palácio do Planalto no ano que vem, a senadora Marina Silva (PT-AC) afirmou ontem que cogita a possibilidade de trocar de partido por acreditar que nenhum governo, inclusive o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deu até hoje a devida prioridade à questão ambiental. “Não se trata de colocar o foco no PT ou no governo. Mas é que, simplesmente, é algo que não foi colocado como estratégico por nenhum partido e nenhum governo até agora. Nem no Brasil, nem em outras regiões”, disse.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,alvo-do-pv-marina-silva-cobra-foco-na-agenda-ambiental,414436,0.htm

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Doenças causadas pela falta de Saneamento

Doenças, Agente causador e forma de contágio




Águas Urbanas - Introdução

O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento ambiental resulta em prejuízos significativos para a sociedade. Uma das conseqüências do crescimento urbano foi o acréscimo da poluição doméstica e industrial, criando condições ambientais inadequadas.

O sistema urbano típico de uso da água apresenta hoje um ciclo imperfeito. A água é bombeada de uma fonte local, é tratada, utilizada e, após, retorna para o rio ou lago, para ser bombeada novamente. Mas a água que é devolvida raramente tem as mesmas qualidades que a água receptora (ou a água original, como foi extraída da natureza). Sais, matéria orgânica, calor e outros resíduos que caracterizam a poluição da água são agora encontrados.

O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento ambiental resulta em prejuízos significativos para a sociedade. Uma das conseqüências do crescimento urbano foi o acréscimo da poluição doméstica e industrial, criando condições ambientais inadequadas e propiciando o desenvolvimento de doenças, poluição do ar e sonora, aumento da temperatura, contaminação da água subterrânea, entre outros problemas.

O desenvolvimento urbano brasileiro concentra-se em regiões metropolitanas, na capital dos estados e nas cidades pólos regionais. Os efeitos desta realidade fazem-se sentir sobre todo aparelhamento urbano relativo a recursos hídricos, ao abastecimento de água, ao transporte e ao tratamento de esgotos cloacal e pluvial.

À medida que a cidade se urbaniza, geralmente ocorrem os seguintes impactos:

• Aumento das vazões máximas.


• Aumento da produção de sedimentos devido à desproteção das superfícies e à produção de resíduos sólidos (lixo).


• Deterioração da qualidade da água, devido à lavagem das ruas, ao transporte de material sólido e a ligações clandestinas de esgoto cloacal e pluvial.


Além destes impactos, ainda existem os causados pela forma desorganizada da implantação da infra-estrutura urbana: pontes e taludes de estradas que obstruem os escoamentos, redução da secção do escoamento de aterros, deposição e obstrução de rios, canais e condutos de lixos e sedimentos, projetos e obras de drenagem inadequados.

As enchentes em áreas urbanas são causadas por dois processos (isolados ou de forma integrada):

• Enchentes causadas pela urbanização: o solo é ocupado com superfícies impermeáveis à rede de condutos de escoamento.


• Enchentes em áreas ribeirinhas (naturais): o rio ocupa seu leito maior, de acordo com eventos extremos, com tempo de retorno, em média, de 2 anos.


As medidas de controle de inundações podem ser classificadas em estruturais, quando o homem modifica o rio: obras hidráulicas, como barragens, diques e canalização; e em não estruturais, quando o homem convive com o rio: zoneamento de áreas de inundação, sistema de alerta ligado à defesa civil e seguros. No Brasil, não existe nenhum programa sistemático de controle de enchentes que envolva seus diferentes aspectos. O que se observam são ações isoladas por parte de algumas cidades.

Fonte:http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/aguas_urbanas/aguas_urbanas_-_introducao.html

Água da Torneia ou Água Mineral?

Por Degmar Augusta da Silva (Advogada e educadora ambiental)

Vivemos um crescente aumento populacional e atrelado a este temos um significativo e preocupante consumo de água mineral em nosso país. Interessante ressaltar que o aumento do consumo de água mineral é um fenômeno que atinge não só o Brasil, uma vez que vem ocorrendo mundo afora.
O motivo do crescente consumo de água mineral, ao contrário do que se imagina, deve-se talvez ao marketing bem elaborado das indústrias e não à preocupação e desconfiança em relação à água que é produzida pelas concessionárias públicas.
O crescimento é gigantesco: nos Estados em 2006 para 110L/hab. ano. Inegável que tal crescimento faz bem os cofres das indústrias de água mineral e potável de mesa.
O que nos preocupa realmente é o fato de que a água mineral necessita de recipiente para acondicionamento e conjuntamente ao aumento do consumo, a quantidade de vasilhames plásticos também aumenta e a partir de então a preocupação com o meio ambiente torna-se uma realidade.
Um fato, no mínimo, interessante é que grandes investimentos vem sendo realizados por empresas multinacionais, sendo que recentemente a Copasa – que possui a concessão dos serviços de abastecimento de água no estado de Minas Gerais assumiu a concessão para exploração e distribuição das águas minerais de Araxá, Caxambu, Cambuquira e Lambari: Cidades tradicionais em fontes famosas de água mineral.
Oras e agora, qual água deve o consumidor escolher? De um lado a água que a Copasa capta no rio, trata e distribui e de outro a água mineral que a mesma Copasa capta no subsolo, engarrafa e distribui.